A disrupção ocasionada pelas fintechs começou com a revolução digital, foi capitalizada durante as crises e ganhou forças com uma agenda regulatória favorável a beneficiar o cliente e com o acesso mais barato à tecnologia, permitindo que toda empresa se torne uma fintech. Assim resumiu Eduardo Neubern, diretor-executivo da Totvs Techfin, a jornada digital na Abes Software Conference 2020, nesta quarta-feira 30/09.
Segundo ele, a revolução das fintechs foi acelerada pela crise recente. "Recapitulando, nos últimos 20 anos, tivemos a crise do ano 2000, que culminou na descontinuidade de vários modelo de negócios, mas também serviu para impulsionar o nascimento ou crescimento de empresas que hoje são dominantes, como Google; a crise de 2008 da depressão mundial, mas que a reboque vimos surgimento e crescimento de empresas que hoje dominam o dia a dia como Uber, uma crise que se mostrou dura e que foi uma grande oportunidade para surgimentos de tecnologia e novos modelos e maneira de se relacionar com clientes. A crise atual não é diferente. Vimos, até agora, o fenômeno do Zoom, que já teve em momento de pandemia aumento de 30 vezes na base de usuário. O Zoom é um exemplo e daqui uns anos vamos falar de outras empresas que surgiram durante a crise", explicou.
No atual momento, a exemplo do que ocorreu em crises anteriores, haverá o desaparecimento de algumas empresas e a tendência é ter empresas mais sólidas sendo mais resilientes e crescerem. É a sobrevivência dos mais adaptáveis, como colocou Neubern. Para o mundo das fintechs, o momento atual tem dois fatores cruciais: uma agenda regulatória pró-abertura, pró-inovação e pró-competição.
"A redução inteligente dos custos para o usuário final é a ambição. Mais recentemente com o PIX e com o Open Banking encontramos o denominador comum: a ideia de que o dono do dado é o usuário, o consumidor, o cliente; e que a informação tem de estar disponível para o mercado", apontou. Ao ambiente regulatório favorável e busca pela democratização, se aliam as reduções nos custos de tecnologia e do armazenamento de dados.
"Os dados são fator preponderante para que uma série de coisas aconteçam, como a personalização da oferta (baseado nos dados do ERP), uma oferta de valor mais inteligente para quem usa e quem oferta, uma maior aprovação de crédito, taxas menores, inadimplência menor ao mesmo tempo preservando spread, a margem de quem faz, de quem oferece o serviços", ressaltou.
A Hash recebeu aporte liderado pelo fundo QED Investor. O montante será aplicado para escalar a infraestrutura de pagamentos, possibilitando o processamento de mais de R$ 1,5 bilhão ainda este ano.
Iniciativas podem envolver áreas, entre outras, como Inteligência Artificial, Mobilidade, Bioeconomia, Grafeno, Biofármacos e Manufatura 4.0.
Instituto de Ciência e Tecnologia SiDi, Samsung, NVIDIA Enterprise e Pure Storage são responsáveis pelo primeiro supercomputador do país. Máquina tem capacidade de fornecer 125 petaflops, o que significam dois milhões de notebooks trabalhando em conjunto para realizar tarefa similar. Instituto SIDI abre vagas para contratar profissionais de TI.
A afirmação é do cofundador da Decoupling.co, Thales Teixeira, sobre a digitalização do mundo acelerada pela Covid-19. Para o especialista, 2025 já chegou e exige uma readequação imediata das empresas por sobrevivência.
O secretário Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano, Tiago Queiroz, disse que há projetos especiais como o água 4.0 e saúde 4.0. A deputada federal do PP/SC, Angela Amin, reforçou que as pessoas são a síntese das cidades inteligentes e é preciso um esforço para capacitar gestores públicos municipais e estaduais.