A compra da Linx, que promete alterar todo o mercado de varejo, tem tudo para ser judicializada. A Totvs ameaçou ir à Justiça contra os termos da proposta da Stone pela Linx. Na semana passada, a empresa de meios de pagamentos anunciou um acordo vinculante para unir sua área de software com a Linx, numa transação em dinheiro e ações que avalia a produtora de programas para varejo em 6,1 bilhões de reais.
Um dos pontos polêmicos da proposta é uma multa em caso de fracasso do negócio. A Stone deve pagar 605 milhões de reais para a Linx, caso o Cade não aprove a transação. Mas a Linx teria que pagar a multa se aceitasse uma proposta concorrente. Caso a assembleia da Linx não aprove o negócio, ainda teria que pagar 25% da multa desse valor para a Stone.
O modelo entrou na mira da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que abriu uma investigação para entender se há ou não conflito de interesses. A rival Totvs, que também apresentou uma proposta, foi taxativa: “Reafirma, assim, a Totvs, a sua intenção de, se concluída a transação objeto da sua proposta, questionar, pelos meios legais cabíveis, a legalidade do referido ônus e a lesão ao interesse e à soberania dos acionistas da Linx”, enfatizou a empresa de software nacional.
Em comunicado ao mercado, a Totvs também rebateu afirmações feitas mais cedo pela Linx em relação a conversas mantidas para uma potencial fusão. A Linx afirmou que executivos da empresa tiveram contatos preliminares com a Totvs entre 31 de julho e 4 de agosto, mas que estes informaram que qualquer proposta levaria semanas para ser apresentada.
“Causa-nos surpresa (...) o entendimento manifestado de que as tratativas mantidas entre os mais altos administradores e representantes de ambas as companhias (...) teriam sido percebidas como “ausência de expectativa ou elemento concreto”, afirmou a Totvs. “A troca de mensagens entre as administrações das duas companhias (...) contesta esse argumento”, acrescentou a Totvs, considerando que o argumento da Linx privou os acionistas de acionistas de avaliarem a melhor proposta.
*Com informações da Agência Reuters
Para o centro brasileiro, localizado no Rio de Janeiro, a empresa de satélite contratou 10 funcionários, que serão responsáveis pelo atendimento a clientes no país e em toda a América Latina.
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"O Brasil não tem de ser um celeiro de mão de obra, um BPO. Temos de fazer tecnologia. Mas falta política pública. Em 20 anos, nada aconteceu", lamenta o CEO da Plusoft, Solemar Andrade.