O cidadão conectado quer os serviços digitais do governo e vai exigir a qualidade dos produtos privados disponíveis no mercado, afirma o VP de serviços públicos da Oracle Brasil, Rodrigo solon Chaves. Segundo ele, para suportar a grande digitalização, o governo terá de investir em uma infraestrutura robusta de TI e fazer valer o conceito de 'cloud first' para evitar gastos além da necessidade.
A pandemia de Covid-19, observa o executivo, acelerou a experiência digital e muito por conta dos serviços públicos, mas há muito por fazer para garantir a qualidade do produto ao cidadão. "Se o cidadão tiver uma experiência ruim na emissão de um documento digital, ele vai buscar o presencial. Tem de funcionar muito bem para conquistar a confiança", relata Solon Chaves.
Um dos pontos relevantes é o governo entender que o cidadão será um consumidor exigente. "A infraestrutura do governo precisa estar bem preparada. É importantíssimo que o governo tenha uma infraestrutura conectada, com dados interoperáveis, porque eles estão espalhados em diferentes órgãos, e preparada para um serviço de escala gigantesca. Não são 10 mil, 20 mil usuários, mas toda uma população a ser atendida", ressalta.
O tema cidadão conectado e serviços públicos será tratado em evento da Oracle, a ser realizado no dia 11 de agosto, e que terá a participação do especialista em tecnologia, advogado e professor, Ronaldo Lemos. O evento também a participação de órgãos públicos que vão contar as suas etapas na digitalização dos serviços ao cidadão.
Conectividade passa e muito pelo uso cada vez maior da nuvem e uma das ações necessárias no Brasil é ampliar a interoperabilidade das bases governamentais - federal, estadual e municipal. "É determinante que as bases de dados se falem de forma efetiva, só assim se terá a qualidade do serviço desejada pelo cidadão conectado, que quer ter o seu problema resolvido", reforça Solon Chaves.
“A nuvem veio para resolver o aspecto da escala conforme a necessidade. Veja o caso do Imposto de Renda. Na época da declaração, de março até abril, o Serpro tinha que disponibilizar uma quantidade enorme de servidores para suportar a carga. Mas durante todos os outros meses essa estrutura estava ociosa. Com a nuvem você escala conforme a necessidade. Precisou de mais processamento, a nuvem fornece. E isso serve para todos os serviços. Imagine o Auxílio Emergencial. A nuvem dá tranquilidade de que é possível entregar para o cidadão com facilidade", adiciona o VP de Serviços Públicos da Oracle Brasil.
O aporte previsto no País é de R$ 70 milhões, muito abaixo, por exemplo do que está sendo feito em países como China, Coreia e Espanha, lamentou o consultor de IA, Eduardo Prado, ao participar do 5x5 TecSummit. Ele advertiu que a transformação digital não acontecerá sem que se mexa nas cabeças das pessoas.
O diretor geral da AWS Brasil, Cleber Morais, enfatiza que 2020 foi o ano da disparada na transformação digital e destaca que as instituições financeiras da América Latina estão investindo 76% acima do ano passado em IaaS, PaaS e SaaS.
Por Douglas Scheibler*
Se tem algo que não falta para 2021, são perguntas. Quando teremos a vacina eficaz para a Covid-19? Poderemos encerrar o isolamento social? Retomaremos nossas rotinas normais? Tudo isso ainda não tem resposta. Mas o que norteará a tomada de todas estas decisões, além de muitas outras nos ambientes social, empresarial e pessoal, serão dados. E em relação aos dados, já há tendências bem evidentes.
Por Ed Solis*
De acordo com a consultoria Omdia, o mercado de redes gerenciadas em nuvem cresce a uma taxa anual composta de 28,7%, com receitas de equipamentos previstas em US$ 5,5 bilhões