Adiado por conta da pandemia de Covid-19 e de mudanças na estratégia, a Viasat lança nesta terça, 7/7, o serviço comercial de banda larga via satélite, viabilizado pelo acordo da empresa americana com a Telebras, para uso da capacidade em banda Ka do SGDC.
Com a promessa de conexões mais rápidas, a empresa aposta que vai conquistar quem já paga por internet satelital mas está insatisfeito, além de alcançar uma fatia das residências rurais e suburbanas desatendidas – potencialmente um mercado inicial de 2 milhões de residências.
“Vemos como oportunidade de mercado 2 milhões de lares, cerca de 10% das residências que não têm internet. E achamos que as pessoas vão trocar suas bandas ruins. Quem mora no Brasil e puder ver o céu vai poder acessar um serviço de internet mais rápido com a Viasat”, afirma o vice presidente e chefe de internet residencial da empresa para as Américas, Evan Dixon.
O serviço está disponível a partir desta terça em oito estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Amazonas. A promessa é que até o fim de 2020 todos os demais também já contem com as ofertas.
O primeiro passo, anunciado ainda em março deste 2020, foi a parceria com a brasileira Visiontec, para instalação das VSats e assistência técnica em qualquer lugar do país. “Em média, vamos atender os pedidos em até 48 horas”, afirma o chefe da banda larga residencial da Viasat.
De início, a empresa terá dois planos, um de 10 Mbps, por R$ 349 (R$ 199 nos primeiros três meses) ou 20 Mbps, por R$ 419. Há franquia de dados de 40 GB e 80 GB, respectivamente, mas navegações e downloads entre 2h e 7h da manhã não consomem a franquia. Em qualquer caso há uma taxa de instalação de R$ 300.
Foi derrubada decisão que impedia a estatal de fazer a manutenção durante o dia para evitar problemas técnicos durante o horário comercial. Para o Superior Tribunal de Justiça, restrição ao trabalho de manutenção representa risco de grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia. Medida abre precedente para outras prestadoras de serviços.
Resolução do impasse, que se arrasta, é urgente, até por conta da chegada do 5G e pela necessidade da implantação das antenas de pequeno porte, as small cells, afirmam CPFL, Copel e Neoenergia.
A adverência é feita pela advogada especializada em direito digital, Patrícia Peck. "Não basta arrumar a casa para estar protegido. A falta de uma liderença para cuidar da LGPD é um erro grave", pontuou.
Diretor da Associação Brasileira de Internet, Evair Galhardo, sustenta que 5G e Wi-Fi 6 são complementares, mas admite que por ser usada em faixa não licenciada, o Wi-Fi 6 vai se multiplicar muito mais rápido no País.
Em ação de produtores independentes, Augusto Aras sustenta que STF não pode modificar interpretação técnica da Anatel de que a Lei do Seac não se estende à internet.