Os bancos reforçaram o investimento e aumentaram a despesa com Tecnologia da Informação em 2019 e se mantiveram, com larga vantagem, no posto de maiores investidores em TI do Brasil. Segundo dados apurados pela pesquisa Febraban 2020, as instituições financeiras investiram R$ 8,6 bilhões, em 2018 foram R$ 5,8 bilhões, e aportaram R$ 16 bilhões em despesas, quando em 2018 foram R$ 14 bilhões.Os dados foram revelados em uma coletiva online realizada nesta quinta-feira, 18/06.
As instituições financeiras seguem classificando software e serviços como despesas, mas foi exatamente no software a maior parcela de aporte: 54% do total, ou R$ 13,2 bilhões. São quase R$ 3 bilhões a mais que em 2018 e boa parte desse montante foi destinado para as novas tecnologias como análise de dados, inteligência artificial e outras.
"Com os negócios cada vez mais digitais, os bancos sabem que tecnologia é ainda mais crucial e envolve muito desenvolvimento, o que supõe software, e serviço ágil. Outro ponto forte: a digitalização exigiu mais investimento e também impôs mais despesas. O correntista quer ser digital", afirma o diretor de Tecnologia da Febraban, Gustavo Fosse.
O executivo lembra que a digitalização exige ainda a convivência do legado e das novas tecnologias. "Por isso, o bom e velho Cobol convive com os projetos de nuvem, que avançam, apesar de a pesquisa não contabilizar", adiciona Fosse. Ainda de acordo com o diretor, ser digital não significa querer tirar o cliente da agência. "Isso não existe. Os bancos querem que o correntista faça sua transação no canal que escolher", disse.
De acordo ainda com Gustavo Fosse, impactaram no orçamento de TI, a compra de ATMs (caixas eletrônicos) com recurso de reciclagem de dinheiro; novas ferramentas de software para automação de processos e análise de dados, além da compra de equipamentos para os funcionários e a modernização dos mainframes, ainda essenciais por conta da alta capacidade de processamento de dados.
A Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária também revelou que as transações bancárias cresceram 11% em 2019, registrando 89,9 bilhões de operações. Deste total, 39,4 bilhões, ou 44% do total, correspondem a operações feitas pelo mobile banking, que a cada ano vem ganhando a preferência do consumidor brasileiro para suas transações financeiras.
No CIAB 2020 - que tinha sido cancelado por conta da pandemia - mas que ganhou uma versão 100% online de 23 a 25 de junho - a Febraban vai vai divulgar uma pesquisa sobre o uso de tecnologia nos primeiros quatro meses de 2020 para dar uma ideia do impacto da pandemia de Covid-19 nos investimentos. Mas Gustavo Fosse sustenta: os investimentos devem ter se multiplicado para atender a demanda da digitalização.
A Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária foi feita com 22 bancos, que representam 90% dos ativos da indústria bancária. O estudo, já em sua 28ª edição, traz uma radiografia e tendências do comportamento do setor financeiro no que se refere aos investimentos e uso da tecnologia, bem como a relação dos consumidores com os canais de atendimento. A pesquisa pode ser acessada aqui: http://portal.febraban.org.br/pagina/3106/48/pt-br/pesquisa
Tecnologia da Informação veio em segundo lugar, de acordo com o estudo da KPMG. Segundo a consultoria, foram realizadas 1.117 fusões e aquisições no Brasil em 2020. A presença dos fundos de Venture Capital foram relevantes para os novos negócios.
Fábricas no Brasil tocam a transição para os modelos SSD e respondem ao aumento na demanda das memórias, mas temem o fim dos incentivos em 2022.
A partir desta segunda-feira, 01/02, entra em funcionamento no Brasil a primeira fase do Open Banking , cuja regulação será implementada de forma gradual, faseada e evolutiva, até 15 de dezembro de 2021.
Videoconferência, já permitida para as renovações, também poderá ser usada na primeira emissão de certificados digitais. ITI - Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, responsável pela ICP-Brasil, vai definir bases públicas para confirmação da biometria.