Ter estratégias, planos, políticas, faz diferença. Segundo o cientista e professor Sílvio Meira, o país tem uma estratégia de inteligência artificial, mas não sabe bem para quê. Falta o desafio colocado à produção nacional. “Foi isso que montou a indústria brasileira de informática, um desafio, com estratégias e políticas”, apontou ao participar do CD Em Pauta.
“Uma estratégia é uma coisa muito complexa, profunda e que precisa de mais recursos, que nem são necessariamente do governo. Mas o papel do Estado é fundamental em estabelecer qual é o desafio e articular a expressão nacional desse desafio. Para aí os atores privados dizerem ok, se a gente for por aqui o Estado pelo menos não vai atrapalhar e talvez até ajude.”
Foi o que aconteceu, acredita, com a política de informática no Brasil. Embora com ideal na substituição de importações, acabou disseminando cultura e conhecimento que fomentaram a produção brasileira de software. “Do ponto de vista de efeitos colaterais na capacidade brasileira de fazer pesquisa em tecnologia da informação e criar startups, a política de informática deu certo.”
“O efeito não foi o pretendido. A gente nunca teve um computador ou smartphone brasileiro competitivo globalmente. Mas a gente tem software, empresas de software, empresas digitais brasileiras que são competitivas globalmente e que fazem um megamercado no Brasil. Descobrimos no meio do caminho que a escadaria de produzir chips, computadores, sistemas de átomos era centenas de bilhões de dólares mais altas que o Brasil poderia juntar. Mas tinha outra escadaria que a gente poderia subir, de software, de sistemas digitais, de ‘no softwares’, software como serviço, plataformas”, pontua Silvio Meira. Assistam a exposição dele sobre estratégia para TIC.
Iniciativas podem envolver áreas, entre outras, como Inteligência Artificial, Mobilidade, Bioeconomia, Grafeno, Biofármacos e Manufatura 4.0.
Instituto de Ciência e Tecnologia SiDi, Samsung, NVIDIA Enterprise e Pure Storage são responsáveis pelo primeiro supercomputador do país. Máquina tem capacidade de fornecer 125 petaflops, o que significam dois milhões de notebooks trabalhando em conjunto para realizar tarefa similar. Instituto SIDI abre vagas para contratar profissionais de TI.
A afirmação é do cofundador da Decoupling.co, Thales Teixeira, sobre a digitalização do mundo acelerada pela Covid-19. Para o especialista, 2025 já chegou e exige uma readequação imediata das empresas por sobrevivência.
O secretário Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano, Tiago Queiroz, disse que há projetos especiais como o água 4.0 e saúde 4.0. A deputada federal do PP/SC, Angela Amin, reforçou que as pessoas são a síntese das cidades inteligentes e é preciso um esforço para capacitar gestores públicos municipais e estaduais.
Já está disponível para consulta o edital de seleção das 15 empresas âncora do IA² MCTI, programa de aceleração tecnológica em inteligência artificial que visa aumentar a competitividade brasileira através da inovação aberta.