A pandemia de Covid-19 teve impacto significativo sobre a oferta de Serviços em geral, com o desempenho agregado apresentando em março o pior resultado desde 2011, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça, 12/5. O volume de serviços no Brasil caiu 6,9% frente a fevereiro.
Segundo o IBGE, os impactos foram sentidos especialmente no último terço do mês de março, quando começaram as medidas de isolamento social devido à Covid-19. Em fevereiro, o índice havia recuado 1,0% frente ao mês anterior.
Naturalmente, serviços ligados a turismo, restaurantes e hotéis foram os mais afetados. Por outro lado, os serviços de tecnologia da informação tiveram forte crescimento, com alta de 10,4% no mês – e 12% acumulado no primeiro trimestre.
Além de indicar os serviços de TI entre os principais impactos positivos – ainda que incapazes de alterar a trajetória do índice geral – a pesquisa mensal de serviços do IBGE também mostrou que atividades relacionadas à internet estão no centro desse desempenho favorável da TI.
Como a corroborar essa análise, entre as atividades que puxaram o desempenho dos serviços de TI estão, segundo lista o IBGE, “portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na internet; tratamento de dados, provedores de serviços de aplicação e de hospedagem na internet”.
Para o centro brasileiro, localizado no Rio de Janeiro, a empresa de satélite contratou 10 funcionários, que serão responsáveis pelo atendimento a clientes no país e em toda a América Latina.
Em entrevista à CDTV, o executivo falou sobre os três objetivos estratégicos para 2021: reforma tributária digna para desonerar o emprego; formação de talento e medidas para garantir o uso intensivo de dados.
Apesar da crise econômica agravada pela Covid-19, o setor de TI e Comunicação cresceu 2.4% no ano passado, de acordo com dados da Brasscom. O segmento de software e serviços gerou R$ 216,1 bilhões, com crescimento de 5,1% e o de telecom, R$ 240,5 bilhões, mas com uma queda de 0,4%. Setor respondeu por 6,8% do PIB nacional.
"O Brasil não tem de ser um celeiro de mão de obra, um BPO. Temos de fazer tecnologia. Mas falta política pública. Em 20 anos, nada aconteceu", lamenta o CEO da Plusoft, Solemar Andrade.