A produção da indústria eletroeletrônica caiu 9,1% no mês de março de 2020 em relação ao mês imediatamente anterior, conforme dados do IBGE agregados pela Abinee, com ajuste sazonal. O resultado já começa a refletir os efeitos da pandemia de Covid-19, que chegou no Brasil em março deste ano.
˜Já esperávamos esse desempenho com base em sondagens que havíamos feito junto às empresas do setor. Em abril, teremos uma nova queda, provavelmente ainda mais aguda, em função do início das medidas de isolamento social no País", diz o presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato. Essa foi a maior queda mensal apontada desde maio de 2018 (-12,3%), período em que ocorreu a greve dos caminhoneiros.
A retração apontada em março de 2020 foi a segunda queda consecutiva na produção do setor, que já havia recuado 5,5% em fevereiro. Vale lembrar que, naquele mês, a queda na produção de produtos eletrônicos foi influenciada, principalmente, por problemas no recebimento de materiais, componentes e insumos da China, uma vez que o novo coronavírus ainda não havia chegado ao Brasil.
Ao comparar com março de 2019, a produção do setor recuou 0,3%, com retração de 1,6% na área elétrica e aumento de 1,2% na área eletrônica. No acumulado de janeiro a março de 2020 a produção industrial do setor eletroeletrônico recuou 0,4%. Esse resultado foi consequência da queda de 1,7% da área eletrônica e da elevação de 0,8% da área elétrica.
Para o centro brasileiro, localizado no Rio de Janeiro, a empresa de satélite contratou 10 funcionários, que serão responsáveis pelo atendimento a clientes no país e em toda a América Latina.
Em entrevista à CDTV, o executivo falou sobre os três objetivos estratégicos para 2021: reforma tributária digna para desonerar o emprego; formação de talento e medidas para garantir o uso intensivo de dados.
Apesar da crise econômica agravada pela Covid-19, o setor de TI e Comunicação cresceu 2.4% no ano passado, de acordo com dados da Brasscom. O segmento de software e serviços gerou R$ 216,1 bilhões, com crescimento de 5,1% e o de telecom, R$ 240,5 bilhões, mas com uma queda de 0,4%. Setor respondeu por 6,8% do PIB nacional.
"O Brasil não tem de ser um celeiro de mão de obra, um BPO. Temos de fazer tecnologia. Mas falta política pública. Em 20 anos, nada aconteceu", lamenta o CEO da Plusoft, Solemar Andrade.