A locação de equipamentos de TI para o home office dos trabalhadores por conta do controle ao Covid-19 está em alta e, nas últimas 72 horas, a empresa nacional Agasus, especializada no segmento, viu crescer sua demanda em 300% em relação ao mês de fevereiro.
“O ritmo de trabalho aumentou e estamos nos desdobrando para atender demandas em todo o Brasil para locações de curto prazo, nicho de negócio em que nos diferenciamos há algum tempo. Sempre mantivemos um parque de ativos com alta disponibilidade para atendimento e entrega imediata", afirma o CoCEO da Agasus, João Lima.
O executivo diz que, por conta do impacto do coronavírus, as empresas irão experimentar o serviço de locação pontual, mas que existe uma oferta muito mais ampla que envolve a locação de hardware com serviços corporativos, seguindo o modelo de HaaS – Hardware as a Service, que envolve a locação de equipamentos novos por períodos de pelo menos 24 meses com a configuração do cliente e entrega com ativação na estação de trabalho de cada colaborador, podendo incluir regras e práticas de uso de software e ferramentas.
"É uma modalidade de assinatura que garante manutenção dentro de SLAs e renovação do parque ao final do contrato. As dores operacionais do TI diminuem muito ao mesmo tempo que existe a percepção de prolongamento do mesmo ambiente da empresa replicado em cada máquina, eliminando qualquer necessidade de Capex”, explica Lima.
Para empresas que necessitam de locação de equipamentos de TI, é importante lembrar, que o investimento inicial é 0 (zero), as empresas só pagarão a primeira mensalidade após ativação dos equipamentos. O período e quantidade são ilimitados, manutenção quando e onde precisar, e os equipamentos são atualizados e rigorosamente revisados.
A Agasus está presente no mercado nacional desde o ano 2000, e soma em seu portfólio a locação de mais de 30 mil notebooks, mais de 25 mil desktops e mais de 6 mil Smartphones e tabletes. No primeiro trimestre de 2019, a Agasus entrou no mercado educacional com o modelo de negócio de locação de hardware, ferramentas de aprendizagem e mobiliário.
Para o centro brasileiro, localizado no Rio de Janeiro, a empresa de satélite contratou 10 funcionários, que serão responsáveis pelo atendimento a clientes no país e em toda a América Latina.
Em entrevista à CDTV, o executivo falou sobre os três objetivos estratégicos para 2021: reforma tributária digna para desonerar o emprego; formação de talento e medidas para garantir o uso intensivo de dados.
Apesar da crise econômica agravada pela Covid-19, o setor de TI e Comunicação cresceu 2.4% no ano passado, de acordo com dados da Brasscom. O segmento de software e serviços gerou R$ 216,1 bilhões, com crescimento de 5,1% e o de telecom, R$ 240,5 bilhões, mas com uma queda de 0,4%. Setor respondeu por 6,8% do PIB nacional.
"O Brasil não tem de ser um celeiro de mão de obra, um BPO. Temos de fazer tecnologia. Mas falta política pública. Em 20 anos, nada aconteceu", lamenta o CEO da Plusoft, Solemar Andrade.