A transformação digital já carrega em si a segurança da informação como prerrogativa, o que faz com que as empresas da cadeia de valor da internet estejam naturalmente mais preparadas para as novas exigências trazidas pela Lei Geral da Proteção de Dados. Até por isso, a entrada em vigor da nova lei, em agosto de 2020, pode ser um catalisador da digitalização, como apontou o presidente da Associação Brasileira de Internet, Abranet, Eduardo Neger, no 7º seminário Cyber Security – Gestão de Risco no Governo, promovido pela Network Eventos em Brasília,
“As empresas de internet já excedem as exigências da Lei Geral de Proteção de Dados. Os dados, e portanto a segurança da informação, é matéria-prima básica para empresas da cadeia de valor da internet. Mas a proteção de dados não vale apenas para a internet. Vale para a portaria do condomínio, da academia, para as fichas médicas em papel. Talvez outros setores, como o pequeno comércio, por entender que vão ter que lidar com dados com muita seriedade, migrem também para a internet e haja um incentivo maior para setores que ainda são analógicos se digitalizarem para ganhar segurança.”
A própria preparação para o cumprimento da LGPD, além da oportunidade para conferir e reavaliar o uso dos dados, é um possível mercado para quem já tem expertise no assunto. “Vemos duas situações, primeiro a preocupação das empresas da cadeia de valor da internet para suas implicações imediatas, como lidar com os dados, se esta no compliance exigido pela nova legislação. Por outro lado, na mesma cadeia tem empresas com produtos e serviços desenvolvidos para isso. Deixa ser apenas uma preocupação para se tornar uma grande oportunidade de negócios. As empresas podem começar também a enxergar um novo mercado.Assistsa a entrevista
Ao complementar as informações solicitadas pela entidade de Defesa do Consumidor, a Serasa apresentou um paraecer técnico de empresa especializada de que os sistemas da empresa são seguros. Mas o Procon/SP diz que as respostas foram incompletas e pouco esclarecedoras.
Instituto vai recorrer da decisão que desobrigou a Serasa a comunicar vazamentos."Não queremos demonizar ninguém, mas vazamentos geram desconfiança", diz o presidente, Victor Gonçalves.
Ao participar de evento da associação nacional de encarregados de dados, ANPPD, a advogada Patricia Peck advertiu que a ANPD não tem a exclusividade para aplicar sanções. “o Código do Consumidor traz como crime não informar sobre dados tratados ou correções”.
Entidade sugere que os incidentes de segurança só devam ser notificados se envolver, por exemplo, informações que correspondam a mmais de 50% da base de dados.