Mais de um ano após a vigência da GDPR (General Data Protection Regulation, em tradução livre: Regulamento Geral de Proteção de Dados) da Europa, o Capgemini Research Institute constatou que as empresas superestimaram sua prontidão para o novo regulamento, com apenas 28% atingindo com êxito a conformidade, números comparados a uma pesquisa semelhante no ano passado, que constatou que 78% esperavam estar preparados quando o regulamento entrou em vigor em maio de 2018. No entanto, as organizações estão percebendo os benefícios de estar em conformidade: 81% daqueles que dizem que a GDPR teve um impacto positivo em sua reputação e imagem de marca.
O relatório “Championing Data Protection and Privacy - a Source of Competitive Advantage in the Digital Century (em tradução livre: “Defendendo a Proteção de Dados e a Privacidade – uma Fonte de Vantagem Competitiva no Século Digital”) mostra que as empresas responderam aos novos requisitos mais lentamente do que o esperado, citando barreiras, incluindo a complexidade dos requisitos de regulamentação, custos de implementação e desafios da infraestrutura herdada. Enquanto isso, um número significativo de organizações está investindo pesadamente em proteção de dados e privacidade para garantir a conformidade com as regulamentações existentes e estabelecer as bases para o futuro. O levantamento é um alerta às empresas brasileiras, que têm de estar em conformidade com a Lei de Proteção de Dados Pessoais, a partir de agosto de 2020.
As principais conclusões do relatório incluem:
Embora tenha passado mais de um ano desde que o GDPR entrou em vigor, a posição de muitas empresas permanece incerta em termos de conformidade. Enquanto 28% das organizações afirmam ter atingido a conformidade, apenas 30% das organizações estão “próximas de” concluir a conformidade, mas ainda estão resolvendo ativamente os problemas pendentes. A conformidade foi mais alta com empresas nos Estados Unidos (35%), seguida pelo Reino Unido e pela Alemanha (ambos com 33%), e mais baixa em empresas espanholas, italianas (ambas em 21%) e suecas (18%).
Os executivos identificaram os desafios de alinhar os sistemas de TI legados (38%), a complexidade dos requisitos de GDPR (36%) e os custos proibitivos para alcançar o alinhamento com os regulamentos (33%) como barreiras para alcançar a conformidade total com GDPR. O volume de consultas dos titulares dos dados também foi extremamente alto: 50% das empresas americanas cobertas pelo GDPR receberam mais de mil consultas, assim como 46% das empresas francesas, 45% na Holanda e 40% na Itália.
À medida que as organizações lutam para cumprir a meta, elas estão realmente fazendo investimentos significativos para cobrir os custos do aumento de honorários profissionais para apoiar o alinhamento do GDPR. Algo como 40% delas esperam gastar mais de US$ 1 milhão em honorários legais e 44% em atualizações tecnológicas em 2020. Além disso, as organizações enfrentam um novo desafio: a adoção de nova legislação em diferentes países fora da União Europeia.
O estudo mostra ainda que as organizações precisam ter a filosofia correta sobre proteção e privacidade de dados, e é melhor abordá-lo de maneira proativa, e não apenas como uma atividade de conformidade. “O GDPR não é algo com um término determinado. É algo em que você precisa trabalhar continuamente”, afirma Michaela Angonius, vice-presidente e chefe do grupo de regulamentação e privacidade da Telia Company. “Começamos a conscientizar internamente, muito antes de a lei ser adotada. Isso porque previmos que esse seria um dos maiores projetos de conformidade que realizaríamos na empresa”.
A pesquisa entrevistou 1100 executivos seniores, diretores e superiores, espalhados por oito setores: seguros, bancos, produtos de consumo, serviços públicos, telecomunicações, serviços públicos, saúde e varejo. Os executivos pertencem a empresas com sede na: Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Índia, Itália, Noruega, Reino Unido e Suécia. A Capgemini também conduziu entrevistas com líderes e especialistas do setor, examinando o status atual e o impacto dos regulamentos de privacidade de dados.
Somente durante o terceiro trimestre, foram derrubados cerca de 20,7 mil links, websites e anúncios ilegais, um incremento de 4% se comparado o periodo de janeiro a setembro de 2018.
OTT sugeriu que o artigo 34 da minuta de resolução, que proíbe a propaganda eleitoral via telemarketing, seja expandido para vedar também o disparo em massa de mensagens através de aplicativos.
"Ser empresário no Brasil é um ato de heroísmo e é preciso, as vezes, traçar atalhos para crescer, mas é necessário entender a hora de deixar de ser herói e colocar a bola no chão, mesmo que isso provoque um freio no crescimento", orienta o gerente de capital privado, Gabriel Felzenszwalb.
Um ano depois de lançar seu ‘Contrato para a Web’, o criador da WWW já conta com compromisso de mais de 150 organizações pelo mundo, mas ressalta a necessidade de mudanças imediatas contra abusos. "Estamos perto de viver no mundo uma distopia digital", ressaltou.
“O Marco Civil da Internet trouxe base sólida para criar parâmetros para se ter lei mínima para a Internet seguir avançando, mas, infelizmente, vemos varias iniciativas tentando modifica-lo", afirmou o presidente da Abranet, Eduardo Parajo.