Uma operação da Polícia Civil de São Paulo prendeu os executivos de cinco provedores de internet por receptação de materiais furtados de grandes operadores de telecomunicações. A Operação Marshall foi deflagrada pela Delegacia Seccional de Carapicuíba, comandada pelo delegado Heron Mauro Alves da Silva, e identificou irregularidades em provedores de internet da Grande São Paulo e interior.
Na primeira fase da operação, realizada no início de setembro, os investigadores obtiveram mandado judicial de busca e apreensão em cinco provedores de internet na região de Carapicuíba, sendo quatro deles oficialmente autorizados para esta atividade. Foram encontrados equipamentos de propriedade e uso exclusivo das operadoras Claro, TIM e Vivo. Os sócios das empresas foram presos em flagrante.
Entre os materiais apreendidos estavam bobinas de cabos de fibra ótica, caixas de drops óticos, modens e até um capacete utilizado na instalação dos equipamentos, todos com logomarca das operadoras. Na segunda fase da operação, deflagrada nesta semana, houve busca e apreensão em quatro provedores de internet na Grande São Paulo e interior, sendo três deles oficialmente autorizados para esta atividade.
Também foram apreendidos diversos materiais de propriedade e utilização exclusiva das operadoras Claro, Oi, TIM, Vivo e Vogel, entre eles cerca de 12 km de cabos de fibra ótica, duas ferramentas utilizadas para descaracterização dos drops e cabos, placas, modens e roteadores. Os equipamentos estavam em grande parte com identificação raspada e são avaliados em um total R$ 540 mil.
Resolução do impasse, que se arrasta, é urgente, até por conta da chegada do 5G e pela necessidade da implantação das antenas de pequeno porte, as small cells, afirmam CPFL, Copel e Neoenergia.
A adverência é feita pela advogada especializada em direito digital, Patrícia Peck. "Não basta arrumar a casa para estar protegido. A falta de uma liderença para cuidar da LGPD é um erro grave", pontuou.
Diretor da Associação Brasileira de Internet, Evair Galhardo, sustenta que 5G e Wi-Fi 6 são complementares, mas admite que por ser usada em faixa não licenciada, o Wi-Fi 6 vai se multiplicar muito mais rápido no País.
Em ação de produtores independentes, Augusto Aras sustenta que STF não pode modificar interpretação técnica da Anatel de que a Lei do Seac não se estende à internet.
"Somos um dos maiores registros do mundo e seguimos numa operação muito sólida", comemora Demi Getschko, diretor-presidente do NIC.br e um dos pioneiros da Internet no Brasil.