O NIC.br lançou um livro que analisa a internet brasileira a partir das pesquisas realizadas entre 2013 e 2016, além de incorporar dados inéditos sobre as medições de desempenho feitas a partir do aplicativo Simet. O retrato do período foi de melhora na velocidade, mas com piora na latência. E o que parece uma menor disparidade regional, mas ao custo da estagnação do desempenho no Sudeste do país.
Os dados do Simet refletem os brasileiros que usaram esse sistema para medir o desempenho de duas conexões. E enquanto em 2013 eles representavam menos de 600 mil registros, em 2016 já superavam os 2 milhões. Esses dados avaliam especialmente a velocidade de download, latência e jitter, que é a variação da latência. Assim, em 2013, a mediana de velocidade da internet brasileira era de 7,99 Mbps. Ao fim de 2016, passara para 9,6 Mbps. Enquanto a latência cresceu de 13,73 ms para 20,1 ms.
No período, o Sudeste, que sempre apresenta o melhor desempenho, teve uma melhoria leve na velocidade, cuja mediana foi de 8,7 para 10 Mbps. Mas no mesmo período o Norte subiu de 3,8 para 8,4 Mbps, enquanto no Nordeste o saldo foi de 4,9 para 9,2 Mbps. Já a latência no Sudeste passou de 12,6 para 15,7 ms, enquanto no Norte foi de 53,6 para 57,5 ms, e no Centro-Oeste pulou de 24,1 para 30,6 ms. No Nordeste, recuou de 35 para 34 ms, ainda o segundo maior.
O livro Banda Larga no Brasil: um estudo sobre a evolução do acesso e da qualidade das conexões à Internet avalia que diferenças persistem. Em latência “Norte e Nordeste apresentaram as maiores medianas aferidas, denotando pior desempenho da qualidade da conexão em relação ao tempo gasto para transmissões de informação. No início da série histórica, a mediana da latência do Norte era quase cinco vezes maior que a do Sudeste – e, ao final do período analisado, 3,6 vezes maior.”
Nesse caso e na velocidade, a conclusão é de que a “redução da diferença revela, em parte, a melhora do indicador na região com situação mais precária. Contudo, ela também é explicada pela manutenção dos índices na região com melhor desempenho, ou seja, naquele período, o Sudeste não teve uma melhora significativa na qualidade da conexão, fazendo com que a diferença de seus índices diminuísse em relação ao Norte.”
No mais, o trabalho sintetiza conclusões de estudos do período sobre TICs nos domicílios, nas empresas, na educação, no governo, na saúde e nos provedores. E por fim reforça que “ainda que as questões de infraestrutura dos territórios e as despesas com conexão não sejam necessariamente os únicos fatores impeditivos, os dados apresentados evidenciam o custo como a principal barreira de acesso à Internet declarada pelos brasileiros nas diferentes regiões do país”. No geral, 26% no Brasil declaram o custo como maior barreira, seguida pelo desinteresse (25%) e pela falta de habilidade (14%).
“Os resultados descritos reforçam que as disparidades existentes entre as regiões brasileiras seguem marcantes, no que diz respeito ao acesso à conexão de Internet de qualidade. As barreiras de custo e as situações de desigualdade regionais historicamente constituídas no país ainda persistem como fatores que dificultam a inclusão digital dos cidadãos e das instituições brasileiras em relação à conexão de Internet de melhor qualidade. Por outro, alguns avanços também são observados nos anos analisados pelo estudo. Entre 2013 e 2016, período de análise considerado, além da ampliação do acesso à banda larga, também houve melhora na qualidade das conexões, no que se refere à velocidade e estabilidade.”
O game tinha o então candidato à presidência, Jair Bolsonaro. O personagem ganhava pontos ao espancar e matar mulheres, negros, parlamentares e integrantes de movimentos sociais e da comunidade LGBT.
A Regulação de Proteção Geral de Dados (GDPR), em vigor desde maio do ano passado na União Europeia, vira pesadelo para as companhias de Internet.
Pontos de troca de tráfego escolhidos são os de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza, Curitiba e Brasília. A decisão afeta Oi, Telefônica, Claro, TIM e Algar.
"Conflitos judiciais levam mais tempo que o exigido das empresas para armazenamento das informações. Com dados, não há anonimato na Internet", observa João Alberto Matos, do Pio Tamassia Advocacia. Fake News e perfis falsos nas redes sociais mobilizam a maior parte das perícias digitais.
Para o Ministério Público, “a atitude mostra desrespeito aos Poderes da República Federativa do Brasil". Facebook tem 30 dias para dar esclarecimentos.
“O Marco Civil da Internet trouxe base sólida para criar parâmetros para se ter lei mínima para a Internet seguir avançando, mas, infelizmente, vemos varias iniciativas tentando modifica-lo", afirmou o presidente da Abranet, Eduardo Parajo.