
Venda de chips desaba e TIM perde segunda posição para a Claro
O mercado de telefonia móvel segue o ajuste iniciado ainda em 2015, primeira vez em que um ano terminou no Brasil com menos celulares ativos do que no início. No geral, a queda se dá em ritmo menor – foram 4,4 milhões de chips a menos no primeiro semestre deste 2016, contra os 23 milhões do ano passado. Mas em junho a queda voltou a ser significativa, com recuo de 1,8 milhão de acessos.
O impacto, porém, não se dá de forma igual. Entre as quatro principais operadoras do país, a Vivo foi a única das teles que disputam em nível nacional que chegou a junho um pouquinho maior do que estava em janeiro, com 35,3 mil adições líquidas no período.
Na outra ponta, a Tim foi quem mais perdeu clientes, respondendo sozinha por metade (portanto 2,2 milhões) do tombo do semestre. A Claro também sofreu, mas um pouco menos, com perda de 1,8 milhões de chips ativos. E como resultado, o grupo mexicano voltou a superar o italiano com 64,2 milhões de clientes na Claro frente os 63,9 milhões na Tim. Finalmente a Oi, que amarga um ano particularmente difícil, perdeu somente 507 mil acessos.
4G
A perda é concentrada nos acessos pré-pagos, como a confirmar o ajuste na base de chips brasileira a partir das reduções da taxa de interconexão – ou seja, ficando um pouco mais barato ligar para outra operadora, reduz-se a necessidade de se manter mais de um chip.
De janeiro a junho, o número de chips ativos pré-pagos caíram 5,7 milhões, enquanto os pós-pagos terminaram o semestre com uma base 1,3 milhão maior, o que também sugere algum nível de migração de um tipo de serviço para outro.
Outro indicador nesse sentido é o crescimento ainda forte dos serviços LTE. No fim de 2015, eram 25,4 milhões de acessos 4G, número que passou para 39,7 milhões no fim de junho – uma alta de 56%.