Como já vinha sinalizando, a Telebras vai assumir a tarefa de levar conexões a internet às escolas públicas do país. Na prática, fica com a tarefa que até aqui era das grandes operadoras privadas, mas que na grande maioria das instituições não entregaram conexões com mais de 1 Mbps ou 2 Mbps.
Em recursos, é de longe a principal missão do novo plano nacional de banda larga, ou Brasil Inteligente, como foi batizado. O orçamento inicial, já para 2016, é de R$ 350 milhões. Mas a costura no governo promete mais R$ 1,5 bilhão em recursos do Ministério da Educação – em parcelas de R$ 400 milhões, R$ 500 milhões e R$ 600 milhões ao longo dos três próximos anos.
O valor total, no entanto, pode ficar maior. Paralelamente há o objetivo de que o Tesouro Nacional faça aportes do mesmo tamanho do MEC, o que injetaria outro bilhão e meio na Telebras. Mas essa parte da conta ficou fora do anúncio do novo programa, nesta segunda, 9/5. E no fundo há dúvidas de que isso sobreviva caso confirme-se o afastamento da presidenta Dilma Rousseff.
“Vamos substituir as redes ADLS que hoje atendem as escolas por fibras ópticas. A ideia é criar uma grande plataforma nacional de alta velocidade, com pelo menos a media de 78 Mbps. Hoje, 90% das escolas são conectadas a 1 ou 2 Mbps, o que é nada para uma escola com milhares de alunos. E mais do que isso, vamos avançar nos conteúdos digitais”, diz o presidente da Telebras, Jorge Bittar.
Além das fibras chegando às escolas e dos acessos WiFi, o projeto prevê a implantação de redes de distribuição de conteúdos (CDNs, na sigla em inglês) para que as escolas acessem a material pedagógico digital. A primeira etapa do projeto prevê o atendimento a 30 mil escolas, com 20 milhões de alunos, até 2019. Se efetivamente houver o aporte suplementar pelo Tesouro, esse número aumento.
O secretário executivo do MEC, Luiz Claudio Costa, explica que já foram identificadas 26 mil escolas mais necessitadas. “Elas representam 70% da nossa grande deficiência de alfabetização nos anos iniciais, por isso essas escolas foram priorizadas”, explicou. Paralelamente, a internet de alta velocidade pode endereçar outra dificuldade, que é a formação dos professores.
“Temos 2 milhões de professores e um grande percentual não é formado. Por exemplo, 75% dos professores de Física não são formados em Física. Nisso entra a Universidade Aberta, porque esses professores não vão fazer cursos presenciais, mas à distancia. Então poderão fazer isso em suas escolas, em suas cidades”, disse Costa.
O cabo ligará Fortaleza a Sines, em Portugal, anunciou o ministro das Comunicações, Fabio Faria. A obra será feita pela EllaLink, que promete uma estrutura capaz de proporcionar um tráfego de dados a 72 Terabits por segundo (Tbps) e latência de 60 milissegundos. Serão lançados 6 mil quilômetros de cabos submarinos.
Como destaca o professor Silvio Meira, no Brasil onde a desigualdade aumenta, “a gente vai ter que ser muito competente para desenhar serviços que possam ser usados realmente por todo mundo e não só por quem tem acesso à conectividade".
Texto permite uso dos recursos, cerca de R$ 1 bilhão por ano, por serviços no regime privado, como a oferta de banda larga. Mas como ressaltado na votação, como não é impositivo, haverá conflito com a PEC dos Fundos.
Levantamento mostra o País em 42º entre 50 pesquisados e avalia nível de conhecimento atual sobre risco cibernético e a relevância das iniciativas para promover educação e treinamento.
Nova pesquisa TIC Covid, do Cetic.br, reforça que a alternativa do home office se deu predominantemente entre os mais ricos e escolarizado. Apenas 20% dos patrões ofereceram aplicações de segurança.
Estudo mostra que na região, 77 milhões de pessoas não tem acesso à internet. No Brasil, que puxa os índices agregados para cima, diferença é gritante entre grandes e pequenas propriedades. Levantamento mostra que 244 milhões de pessoas na AL não têm acesso à Internet.