Uma nova pesquisa do Boston Consulting Group (BCG) revela que 70% das transformações digitais não são bem sucedidas e não atingem seus objetivos. O estudo é resultado da análise de dados internos da própria experiência do BCG com 70 empresas globais líderes em transformações digitais nos últimos anos, e de dados externos, que incluem respostas de 825 executivos seniores em uma pesquisa detalhada sobre a experiência de transformação.
A pesquisa também revela que cerca de 44% das empresas analisadas criaram algum valor de negócio, mas não atingiram suas metas e tiveram apenas mudanças limitadas no longo prazo. Outras 26% criaram valor limitado (menos de 50% da meta) e não produziram mudanças sustentáveis.
Para o BCG, as transformações digitais são imperativas e as empresas precisam construir capacidades biônicas (a combinação de tecnologia com capacidades humanas) para aproveitar o potencial das tecnologias disruptivas e integrá-las em novos processos, modelos de organização e formas de trabalho. Essa necessidade foi acelerada pela pandemia de coronavírus e mais de 80% das empresas planejam acelerar os processos de transformações digitais.
Para alterar as chances de sucesso com a transformação de 30% para 80%, o BCG apresenta seis fatores baseados nas análises realizadas. Eles são: Uma estratégia integrada com objetivos de transformação bem definidos; Comprometimento da liderança por meio do gerenciamento intermediário; Implantação de talentos de alto calibre; Mentalidade de governança ágil que impulsiona uma adoção mais ampla; Monitoramento eficaz do progresso em direção aos resultados definidos; e Tecnologia modular conduzida por negócios e plataforma de dados.
Para o centro brasileiro, localizado no Rio de Janeiro, a empresa de satélite contratou 10 funcionários, que serão responsáveis pelo atendimento a clientes no país e em toda a América Latina.
Em entrevista à CDTV, o executivo falou sobre os três objetivos estratégicos para 2021: reforma tributária digna para desonerar o emprego; formação de talento e medidas para garantir o uso intensivo de dados.
Apesar da crise econômica agravada pela Covid-19, o setor de TI e Comunicação cresceu 2.4% no ano passado, de acordo com dados da Brasscom. O segmento de software e serviços gerou R$ 216,1 bilhões, com crescimento de 5,1% e o de telecom, R$ 240,5 bilhões, mas com uma queda de 0,4%. Setor respondeu por 6,8% do PIB nacional.
"O Brasil não tem de ser um celeiro de mão de obra, um BPO. Temos de fazer tecnologia. Mas falta política pública. Em 20 anos, nada aconteceu", lamenta o CEO da Plusoft, Solemar Andrade.