Com 50% da receita vindo do Nordeste e 30% de Brasília e Centro-Oeste, a Truly, provedora de serviços de TI, se denomina um agente da transformação digital, conta o CEO, Lincoln dos Santos Pinto. Em entrevista à CDTV, do Convergência Digital, o executivo lembra que um dos diferenciais das regiões Norte e Nordeste é ter capital humano para trabalhar com TI.
"Piauí, Maranhão e o Ceará têm profissionais capacitados e estarmos nesses locais permite que esses especialistas não deixem suas regiões", afirmou. Sobre a aceleração da transformação digital no Brasil, Santos admite que boa parte veio do impacto da Covid-19, mas assume que a digitalização foi desafiadora e enfrentou e enfrenta barreiras a serem superadas.
"Nós colocamos a gestão por multicanal como prioridade, mas não adianta o bot ou mesmo o humano atender bem se o desdobramento, que é o sistema interno do órgão público, estar despreparado para a demanda. Fazer a máquina pública girar foi um esforço porque o modelo de contratação, hoje, trava a inovação", reforça o CEO da Truly, adicionando que um processo de contratação no governo leva em média seis meses, apesar dos esforços feitos para a melhoria.
"O servidor público tem que cuidar da gestão, da fiscalização e, agora, da inovação. Defendo que aconteça uma parceria entre o público e o privado para viabilizar startups no processo de compras públicas”, insiste. Lincoln dos Santos Pinto defende o cloud first do governo, mas observa: nem sempre a tecnologia é o bem a ser adquirido, mas, sim, a modernização da aplicação.
"Não é apenas pegar uma máquina e jogar na nuvem. A aplicação precisa ser bem escrita para dar o retorno esperado", pontua. Com a defesa da parceria pública privada, o CEO da Truly não se furtou a falar sobre a intenção do governo de vender Serpro e Dataprev. Segundo ele, a privatização trouxe e traz benefícios, mas não pode ser entendida como remédio para tudo.
"Por que não pensar em um modelo híbrido unindo o público e o privado? Cada negócio tem uma particularidade. E se pensarmos na LGPD, como é que o dado do cidadão brasileiro vai ficar exposto a um ente privado. Isso exige avaliação. No caso dos dados pessoais, entendo que o Estado tem a missão de ser o tutor", sinalizou. Assistam a entrevista com o CEO da Truly, Lincoln dos Santos Pinto.
Antecipagov é um sistema que permite o uso de contratos públicos como garantia para até 70% do que os fornecedores têm a receber.
Decisão reafirmou a cassação da Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho, que vedava a terceirização das atividades-fim.
O prazo para regularização de pendências junto ao Simples Nacional, que terminaria no dia 29 de janeiro, foi prorrogado para o dia 15 de fevereiro.
Entidades contábeis do Paraná cobram explicações oficiais sobre a situação dos devedores do regime.