Insegurança jurídica é de longe o maior problema enfrentado pelo setor de software e serviços de TI no Brasil para a atração de investimentos, lamenta o presidente do Conselho da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), Jorge Sukarie.
Em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, durante o ABES Conference, realizado no dia 14/10, em São Paulo, Sukarie disse que uma medida imediata em prol do software seria o Supremo Tribunal Federal se posicionar sobre três ADINs e um recurso extraordinário.
"Com a decisão do STF, o legado não ficaria sem solução e se poderia olhar o futuro, uma vez que o ambiente, hoje, é inóspito para os investimentos", diz Sukarie. Sobre a Reforma Tributária, em discussão, a ABES se posiciona de forma contrária à elevação de tributos proposta para o setor de serviços, onde software e serviços de TI estão inclusos.
"Hoje as empresas pagam entre 6,95% e 15%, dependendo da modalidade de atuação. Na proposta existente, o incremento poderia chegar a 30%, que teria de ser repassado ao consumidor e afetaria a cadeia produtiva. No caso da bitributação do ISS e ICMS, a unificação parece ser uma solução para o futuro, mas não pode ter aumento de impostos. Serviços não usam créditos de tributos", afirma Jorge Sukarie. Assistam a entrevista com o presidente do Conselho da ABES.
"É um novo momento para a sociedade e as corporações precisam se preparar", diz a presidente da SAP Brasil, Cristina Palmaka.
“A nova legislação de proteção de dados vai 'pegar' porque as pessoas exigem. Quem começar agora já está atrasado e tem muita empresa ainda em avaliação", adverte a diretora executiva para governo da Embratel, Maria Teresa Lima.
Autarquia adotou medida preventiva para evitar prejuízos à concorrência decorrentes de possível venda casada em campanha oferecida pela Rede. Mercado está em ebulição e há disputas judiciais em curso.
Segundo o IBGE, apesar do desempenho ruim das telecomunicações, os serviços de TI exercem a principal contribuição positiva dos serviços no acumulado até agosto de 2019.
Entidade quer a colaboração da sociedade e de entidades de TI ou não para entregar um documento aos presidenciáveis. "Tecnologia precisa ser prioridade nacional", diz o presidente-executivo da Brasscom, Sergio Paulo Gallindo.