Um estudo produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada- IPEA - e divulgado nesta segunda-feira, 10/06, mostra que a falta de acesso à internet repete as mesmas adversidades e exclusões já verificadas na sociedade brasileira no que tange a analfabetos, menos escolarizados, negros, população indígena e desempregados.
Para os analistas do IPEA se a Internet não produz diretamente a exclusão, a reproduz, tendo em vista que os que mais acessam são justamente os mais jovens, escolarizados, remunerados, trabalhadores qualificados, homens e brancos. Logo, sustentam os especialistas, há uma necessidade de se planejarem intervenções sobre os grupos menos favorecidos por meio da estruturação de políticas que visem diminuir as desigualdades de acesso.
O levantamento ressalta que a internet apresenta, de fato, amplos potenciais, dada a sua capacidade de compartilhamento e circulação de grandes volumes de dados por diferentes indivíduos, e também pela possibilidade de descentralização da produção de informações. Isso porque a rede reduziu incrivelmente os custos tanto da produção quanto da distribuição e comunicação de conteúdos, notícias e bens culturais – bens simbólicos que são facilmente disseminados por blogs, redes sociais, fóruns online, plataformas de compartilhamento de conteúdo etc.
O relatório aborda ainda que o surgimento das novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) alterou as dinâmicas sociais e impactou diferentes instâncias da vida social nos últimos tempos. Essa potência faz com que a internet seja abordada essencialmente pelos seus aspectos positivos e por sua faculdade emancipadora, mas conforme o estudo - feito a partir dos dados do TIC Domicílio 2017, realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) - há diferença marcante entre os grupos.
Os analistas do IPEA ressaltam que "a utilização das TICs está diretamente relacionada aos aspectos cognitivos dos sujeitos, como conhecimento de seu uso, acesso à linguagem letrada, nível de instrução, escolaridade etc. Logo, os mais escolarizados são os que mais acessam a internet e também os que possuem maior índice de acumulatividade das práticas, ou seja, são os que demonstram maior compreensão e disposição para o mundo digital."
Os dados compilados pelo IPEA mostraram ainda que há pouca diferença entre os hábitos de acesso dos homens e das mulheres. Em termos de comportamento adotado, se a internet é mais utilizada para compartilhar ou para produzir conteúdo, também não há muita diferença entre a postura adotada por cada um. As mulheres estão mais interessadas do que os homens em compartilhar conteúdo recebido ou postar textos, imagens e vídeos de autoria própria. Os homens estão mais interessados em criar ou atualizar blogs e páginas da internet.
A análise foi feita pelos pesquisadores, Frederico Barbosa, da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc),Paula Ziviani, do Programa de Pesquisa para o Desenvolvimento Nacional (PNPD) na Disoc/Ipea e Daniela Ribas, pesquisadora do PNPD na Disoc/Ipea. Clique aqui e leia a íntegra do material do IPEA.
O cabo ligará Fortaleza a Sines, em Portugal, anunciou o ministro das Comunicações, Fabio Faria. A obra será feita pela EllaLink, que promete uma estrutura capaz de proporcionar um tráfego de dados a 72 Terabits por segundo (Tbps) e latência de 60 milissegundos. Serão lançados 6 mil quilômetros de cabos submarinos.
Como destaca o professor Silvio Meira, no Brasil onde a desigualdade aumenta, “a gente vai ter que ser muito competente para desenhar serviços que possam ser usados realmente por todo mundo e não só por quem tem acesso à conectividade".
Texto permite uso dos recursos, cerca de R$ 1 bilhão por ano, por serviços no regime privado, como a oferta de banda larga. Mas como ressaltado na votação, como não é impositivo, haverá conflito com a PEC dos Fundos.
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Estudo mostra que na região, 77 milhões de pessoas não tem acesso à internet. No Brasil, que puxa os índices agregados para cima, diferença é gritante entre grandes e pequenas propriedades. Levantamento mostra que 244 milhões de pessoas na AL não têm acesso à Internet.