O Brasil precisa investir mais e melhor em infraestrutura, com um grande suporte da tecnologia e da inovação, para voltar a crescer, advertiu o ex-ministro da Fazenda e secretário de Fazenda do estado de São Paulo, Henrique Meirelles, ao participar do debate Política econômica da pandemia e o setor de telecom, no Painel Telebrasil 2020, nesta terça-feira, 22/09.
Segundo Meirelles, o momento é de buscar maior produtividade. "Nossa produtividade, se comparada à dos Estados Unidos, é muito baixa, em torno de 25%. Precisamos das reformas, de equalizar a questão fiscal, que é uma preocupação constante e diária, mas temos de produzir mais e melhor", afirmou.
Para o ex-presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, o Brasil só vai avançar se pensar em aumentar a produtividade, além, é claro, de trabalhar pela estabilidade dos fatores econômicos. "Nós não vamos crescer gastando mais, mas produzindo mais. Manter o teto de gastos é fundamental; e ainda somos um dos países mais fechados do mundo. Abrir terá consequências, mas acho que elas são necessárias. Se falamos em produtividade e eficiência, precisamos nos abrir para o mundo", pontuou.
O ex-ministro do Planejamento no governo Michel Temer, Dyogo Oliveira, endossou a prioridade dada à produtividade. Ele lembrou que o setor de telecomunicações é um dos mais tributados do mundo, e a reforma tributária precisa ser feita para melhorar. "Não basta reformas por reformas. Se a reforma tributária aumentar ainda mais a carga do setor de telecom, não vai funcionar. Precisamos fazer algo melhor do que existe hoje, e não piorar", advertiu o economista.
No cenário macroeconômico do Brasil no pós-pandemia, Meirelles, Goldfajn e Oliveira foram unânimes ao dizer que o Brasil tem a missão de fazer o dever de casa para garantir a taxa de juros baixa e transmitir confiança aos investidores de que as medidas econômicas adotadas estão sob o controle, em especial, a dívida pública, que aumentou para mais de 90% do Produto Interno Bruto. Um ponto é considerado chave: a manutenção do teto de gastos.
"Temos de ter absoluta obediência ao teto de gastos. Sabemos que a tentação é grande, mas só teremos confiança numa trajetória sustentável se o País der condições aos investidores. O Banco Central tem de ter estabilidade para aplicar uma política conservadora, com controle de inflação e uma taxa de juros baixa para favorecer o crescimento", insistiu Henrique Meirelles.
Para Ilan Goldfajn e Dyogo Oliveira, não há uma única medida salvadora para fomentar a recuperação econômica, mas o Brasil precisa investir melhor em educação e saúde. Eles lembram que, mais do que gastar com educação, o momento é de discutir a qualidade do gasto para assegurar prioridades como o fizeram países como Japão, Coreia e China, hoje com grande crescimento econômico e social.
Justiça Federal no Rio Grande do Sul acatou pleito em ação civil pública e determinou a suspensão da assembleia que nomearia liquidante da estatal do chip, localizada em Porto Alegre.
Ex-conselheiro e vice-presidente da Anatel deixou a estatal para ser substituído por Waldemar Gonçalves Ortunho Junior, em abril de 2019, mas, agora, retoma à companhia com a nomeação do coronel para a direção da Agência Nacional de Proteção de Dados.
Consórcio vencedor reúne Accenture, a multinacional de RP Burson-Marsteller e o escritório Machado, Meyer, Sendacz, Opice e Falcão Advogados.
Benefício, que acabaria este ano, foi prorrogado para dezembro de 2021, por decisão do Congresso Nacional, que derrubou o veto do governo. A desoneração da folha é considerada essencial para as empresas de TI e Telecom. Governo diz que medida é inconstitucional.