Sem o uso da computação em nuvem, o programa Auxílio Emergencial não teria saído do papel na velocidade necessária, afirmou o VP de Tecnologia da Caixa, Claudio Salituro, no CIAB Febraban 2020, nesta quarta-feira, 24/06. O executivo lembrou que a Caixa começou a sua jornada digital depois dos demais concorrentes e a existência de contratos já assinados, mas não usados pela gestão anterior a de Pedro Guimarães, com a contratação de nuvem pública, foi crucial para viabilizar um programa do tamanho do Auxílio Emergencial em menos de 10 dias.
O contrato com a Microsoft foi falado pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante o painel dos CEOs no CIAB Febraban. Segundo ele, o auxílio emergencial se transformou em história de sucesso da empresa norte-americana. O nome do segundo fornecedor não foi revelado pelas partes, mas fontes do mercado afirmam que foi a AWS.
"Não haveria processamento suficiente para suportar 200 milhões de downloads dos aplicativos criados para atendimento ao cidadão se não fosse a nuvem pública, capaz de se adequar ao projeto de forma veloz", observou Salituro. A Caixa também reforçou o legado. Tanto que em evento da Caixa, o executivo assumiu que a instituição reforçou o uso dos mainframes para suportar o alto volume de dados, sem adiantar o montante investido.
Salituro adicionou ainda que a digitalização permitiu à Caixa descobrir um fornecedor na Dinamarca para superar o gargalo principal do programa: as filas no atendimento. "Chegamos a essa empresa pela rede. Foi tudo 100% digital. A negociação, a contratação. Foi uma corrida o tempo todo",disse.
Claudio Salituro, que está à frente da TI da Caixa há seis meses, ressaltou que além da mudança cultural dos funcionários, teve também que lidar o mundo legado com o digital e fazer toda a integração de forma segura e muito rápida. "A pandemia nos trouxe para o mundo digital e do qual não temos mais como sair. Nem queremos. Temos pelo menos 54 milhões de contas digitais para administrar e incentiva o consumo de serviços financeiros", concluiu.
Para o relator do caso, "dados armazenados em nuvem não evidenciam uma comunicação de dados" e, por isso, não estariam protegidos pela legislação.
Estudo da KPMG mostra que existem, hoje, 702 startups em atuação no segmento no País. Levantamento ainda que, desde 2012 setor atraiu US$ 839 milhões em 274 rodadas de investimento; em 2020 foram captados US$ 365 milhões.
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