A décima edição da pesquisa TIC Educação 2019, divulgada nesta terça-feira, 09/06, pelo Cetic.br, acentua o fosso digital e social entre os alunos de escolas públicas e particulares no Brasil. O levantamento mostra, por exemplo, que apenas 14 % das escolas públicas urbanas tinham algum tipo de plataforma virtual de ensino em 2019, e esse percentual se mantém estável nos últimos três anos. Já nas particulares, o percentual subiu de 47% em 2018 para 64% em 2019.
A pesquisa constata que, nacionalmente, 58% dos alunos das escolas urbanas usam apenas o celular para realizar suas atividades escolares, sendo que nas regiões Norte e Nordeste, o celular aparece como o único meio de ensino a distância, com 21%. Em contrapartida, esse percentual cai para apenas 3% nas escolas particulares. O relatório mostra que 98% dos alunos das escolas urbanas usam o celular.
O estudo transborda a desigualdade digital e social do Brasil quando apura que 39% dos alunos das escolas públicas não têm PCs, notebooks ou tablets para estudarem em casa. "Esse é um problema persistente. No passado, já houve políticas públicas para universalizar internet e computadores, mas elas não avançaram como o esperado. É preciso revisitar essas iniciativas para fomentar a educação. É muito difícil criar conteúdo, fazer uma programação usando o celular, que é o principal dispositivo hoje usado. O Brasil precisa fomentar habilidades digitais que vão além do uso do facebook e do whatsApp. Pode ser que um dia, o celular venha a ter interfaces mais favoráveis à criação de conteúdo, mas hoje não é assim", observa o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa.
A TIC Educação 2019 ressalta o uso das redes sociais e ressalta a preferência dos alunos pelo WhatsApp para realizar as atividades escolares. A OTT de mensagem é usada por 61% dos alunos. O Facebook aparece bem atrás com 11% e o Instagram com 9%. A maior parte dos alunos que sua as redes sociais são os do ensino fundamental, até por conta da idade e da disponibilidade do celular - próprio ou familiar.
Nas escolas rurais, a situação de acesso à Internet e à tecnologia é ainda mais grave. Pelo relatório, 60% das escolas não têm PC nem Internet. Isso porque o estudo constatou que 40% das escolas rurais possuem um PC ou um acesso à Internet, e por conta disso, 24% delas abrem o acesso da escola à comunidade. Outros 9% disseram acessar à internet por outros dispositivos.
"Em muitas escolas rurais, esse PC e essa conexão Internet é a única existente e, por isso, acaba funcionado com o local de acesso comunitário, ou seja, a escola vira um telecentro", observa a coordenadora da pesquisa, Daniela Costa. A TIC Educação 2019 apurou dados de agosto a dezembro de 2019, ouvindo 11.361 alunos; 1.868 professores;954 coordenadores pedagógicos;1.012 diretores de escolas urbanas. Nas escolas rurais, a pesquisa ouviu, por telefone 1.403 diretores ou responsáveis por escolas rurais.
O cabo ligará Fortaleza a Sines, em Portugal, anunciou o ministro das Comunicações, Fabio Faria. A obra será feita pela EllaLink, que promete uma estrutura capaz de proporcionar um tráfego de dados a 72 Terabits por segundo (Tbps) e latência de 60 milissegundos. Serão lançados 6 mil quilômetros de cabos submarinos.
Como destaca o professor Silvio Meira, no Brasil onde a desigualdade aumenta, “a gente vai ter que ser muito competente para desenhar serviços que possam ser usados realmente por todo mundo e não só por quem tem acesso à conectividade".
Texto permite uso dos recursos, cerca de R$ 1 bilhão por ano, por serviços no regime privado, como a oferta de banda larga. Mas como ressaltado na votação, como não é impositivo, haverá conflito com a PEC dos Fundos.
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Nova pesquisa TIC Covid, do Cetic.br, reforça que a alternativa do home office se deu predominantemente entre os mais ricos e escolarizado. Apenas 20% dos patrões ofereceram aplicações de segurança.
Estudo mostra que na região, 77 milhões de pessoas não tem acesso à internet. No Brasil, que puxa os índices agregados para cima, diferença é gritante entre grandes e pequenas propriedades. Levantamento mostra que 244 milhões de pessoas na AL não têm acesso à Internet.