O que as grandes e tradicionais companhias podem aprender sobre transformação digital com startups? A resposta objetiva é: muita coisa. Mas para tanto essas corporações precisam estar dispostas a mudar processos, assim como as startups devem tomar medidas para atenderem a exigências das corporações. O balanço foi a tônica dos discursos de Alan Leite, CEO da startup Farm e especialista em ecossistemas de empreendedorismo; Orlando Cintra, membro do conselho, diretor e fundador da BR Angels; Itali Pedroni Collini, diretora da 500 Startups Brasil, e Ricardo Brandão, CEO e cofundador da Sky.One Cloud Solutions, durante debate na Abes Software Conference 2020, nesta terça-feira, 29/09.
Os especialistas compararam as companhias a transatlânticos que navegam mais devagar, mas cruzam oceanos, enquanto as startups são lanchas que navegam em altas velocidades, mas não cobrem distâncias muito longas. "Como aliar inovação é ponto-chave no processo. Corporação e startups têm velocidades distintas. É muito importante que as organizações alinhem bônus, métricas de avaliação para se relacionarem com as startups", ressaltou Alan Leite, da Farm.
Estabelecer métricas não financeiras é a recomendação da Itali Pedroni Collini, da 500 Startups Brasil. "No começo não vai conseguir medir; leva um tempo. Tem de colocar o pé na água e entender que buraco é mais embaixo, entender o que precisa", argumentou. Para a executiva, existe também a necessidade de identificação da verdadeira intenção da corporação ao se juntar ou recorrer a startups. "Muitas vezes, acabam se dando conta de que corporação está querendo seguir tendência, mas não encontrou propósito naquela tendência. É preciso entender a verdadeira intenção e abertura que a sua corporação tem e como trabalhar isto internamente para que todos os envolvidos", assinalou.
Olhar no longo prazo também é necessário, conforme pontuou Orlando Cintra, da BR Angels. "Na pandemia, as empresas acordaram que precisam de programa de inovação, o sentido de urgência apareceu. Mas tem de haver liderança tem de querer genuinamente fazer isto, de viver a inovação", disse, esclarecendo que é preciso investir. Ricardo Brandão lembrou que, há seis anos quando a Sky.One começou, a contratação por uma grande empresa era baixíssima, porque era exigida uma série de requisitos que as startups simplesmente não tinham. "As RFPs limitavam o processo de contratação. Mas isto veio mudando ao longo do tempo", disse.
Para ele, os projetos de transformação digital precisam contemplar planos no curto, médio e longo prazos; e as companhias têm de entender o que realmente querem transformar antes de levar startups para dentro de casa. "Simplesmente pegar a startup e colocar dentro do processo vai acabar matando. O que uma startup tem a mostrar é a cultura de poder errar rapidamente para depois poder acertar com escala maior", proferiu.
Mudar a mentalidade das grandes não é fácil, mas é necessário para fazer o relacionamento com startups dar certo. "A grande corporação tem de inovar e para isto já percebeu que tem de olhar o ecossistema; e a relação com startups está cada vez mais próxima", disse Orlando Cintra. Para uma rota mais rápida de aproximação das companhias tradicionais com startups, Alan Leite indica a transparência e a identificação dos problemas a serem resolvidos.
"O ativo que as startups têm é o tempo. Seja transparente se vai contratar ou não. E a dica de outro é partir de quais são seus três principais problemas, se muda um deles, já muda. Se conseguir fazer um projeto que mude a realidade, vai pagar o investimentos e mudar de patamar", explicou Cintra. Para Ricardo Brandão, o sucesso está no equilíbrio. "Falamos da grande empresa engessada, com regras de compliance e é preciso flexibilizar, enquanto que para startups fica a lição de entender quais os níveis de compliance, de governança e o que precisam fazer para entrar nas grandes", ensinou.
Entre as inovações, empresas iniciantes poderão ser beneficiadas por regras diferenciadas de agências regulatórias como a Anatel. Texto vai ao Senado.
Impacto faz parte da projeção da fabricante sueca no lucro com royaltes que pode deixar de receber no trimestre. Essa não é a primeira batalha entre as empresas. Em 2012, a Samsung pagou US$ 650 milhões à Ericsson.
Flávio Hott, gerente de produto para Energia da fabricante, disse ainda que smart grids em 4G, e depois no 5G, são investimentos efetivos para melhorar o desempenho operacional das redes.
Presidente da estatal, Daniel Slaviero, prevê também a chegada da compra direta de energia pelo consumidor até por celular, como ocorre na Europa. A partir de 02 de janeiro, começa a instalação dos medidores inteligentes em 450 mil unidades.