A Amazon, dona da AWS, formalizou o pedido judicial para que seja anulado o contrato de computação em nuvem de US$ 10 bilhões firmado pelo Pentágono com a Microsoft. Na ação, a empresa acusa que a escolha da rival foi uma “decisão falha e politicamente corrompida”.
Ao longo dessa disputa, a empresa já alegara que houve influência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no que chamou de “pressão imprópria” sobre o Departamento de Defesa (DoD) dos EUA para conceder à Microsoft o contrato da Joint Enterprise Defense Infrastructure Cloud (JEDI).
Na ação, a Amazon alega que o contrato deve “ser invalidado porque é produto de parcialidade sistemática, má-fé e influência indevida exercida pelo presidente Trump”, segundo reportagem publicada nesta quarta, 16/12.
Em comunicado, a Microsoft rebateu as alegações da concorrente e afirmou que “os funcionários de compras de carreira do DoD decidiram que, dadas as vantagens técnicas superiores e o valor geral, continuamos a oferecer a melhor solução”.
Também em comunicado, a Amazon Web Services disse que, como resultado da revisão feita pelo Pentágono em setembro, “o diferencial de preços oscilou substancialmente, com a AWS agora sendo a oferta de menor preço em dezenas de milhões de dólares".
Vale lembrar que um pedido liminar da Amazon foi concedido ainda em fevereiro deste ano para suspender temporariamente o negócio. Agora o tribunal está considerando moções para rejeitar a reclamação emendada da Amazon que foi apresentada pelo governo e pela Microsoft. As moções não foram tornadas públicas e não está claro quando o juiz poderá decidir.
A briga judicial começou ainda em novembro de 2019, quando a Amazon decidiu questionar o contrato entre o Pentágono e a Microsoft. É uma disputa que envolve a política uma vez que Donald Trump faz críticas rotineiras ao dono da Amazon, e portanto da AWS, Jeff Bezos, uma vez que ele também é proprietário do jornal Washington Post, historicamente mais inclinado aos Democratas que aos Republicanos.
No novo processo, a Amazon alega que Trump e sua administração "intensificaram uma campanha de interferência e retribuição contra aqueles no DoD considerados desleais ao presidente ou capazes de chegar a conclusões contrárias a seus interesses pessoais". A empresa argumentou que a última revisão do Pentágono foi "crivada de erros ainda mais flagrantes do que aqueles que afetaram a premiação inicial" e que o Pentágono "manipulou suas avaliações a um grau que desmente qualquer fachada de racionalidade."
Para o relator do caso, "dados armazenados em nuvem não evidenciam uma comunicação de dados" e, por isso, não estariam protegidos pela legislação.
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