Um software brasileiro está inovando a exploração de gás natural no Brasil. Criado em parceria pela Eneva, empresa brasileira integrada de energia que atua nos setores de geração, exploração e produção de petróleo e gás natural e comercialização de energia elétrica, e o Instituto Tecgraf da PUC/Rio, o software ALINE (Automated Learning Intelligence for Exploration) utiliza algoritmos de machine learning para gerar indicadores de zonas com maior probabilidade de ocorrência de gás a partir de dados sísmicos terrestres 2D.
Em entrevista ao Convergência Digital, o geofísico da Eneva, Carlos Siedschlag, conta que o software já tem registro do Instituto Nacional de Propriedade Industrial e se mostra eficiente na produção. O ALINE está sendo testado nas linhas sísmicas existentes, próximas aos poços de exploração e produção de gás natural do Complexo Parnaíba, no Médio Mearim (MA).
"O ALINE nasceu de uma provocação da área de Inovação que queria ter a tecnologia mais próxima da exploração. E o resultado tem sido efetivo com até 85% de assertividade", comemora o especialista. Na prática, diz Siedschalg, o ALINE será um parceiro de trabalho e vai ajudar na hora da decisão exploratória. O projeto utiliza a metodologia de Long Short-Term Memory (LSTM), uma rede neural que analisou cada traço sísmico de forma independente, para verificar se existe alguma assinatura específica para as zonas com anomalias de gás.
Um dos diferenciais do ALINE será atuar com uma infraestrutura 100% conectada, uma vez que a ENEVA, ao contrário da maioria das empresas de óleo e gás que exploram e produzem em etapa distinta, unifica a produção de gás conectada às usinas de tratamento de gás e às de geração de energia no Nordeste.
"Na prática, nós temos um modelo que trás o gás do reservatório para a rede elétrica, uma vez que vendemos energia para o Governo. Esse é um modelo batizado de reservoir-to-wire (R2W) e usa muita inovação. A Aline terá papel de nos ajudar a monetizar os campos de produção", reforça Carlos Siedschag.
Os custos de produção do ALINE ficaram em torno de R$ 3 milhões, sendo R$ 1,8 milhão de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel (Agência Nacional de energia elétrica) e R$ 1,3 milhão de P&D da ANP (Agência Nacional de Petróleo).
O aporte previsto no País é de R$ 70 milhões, muito abaixo, por exemplo do que está sendo feito em países como China, Coreia e Espanha, lamentou o consultor de IA, Eduardo Prado, ao participar do 5x5 TecSummit. Ele advertiu que a transformação digital não acontecerá sem que se mexa nas cabeças das pessoas.
O diretor geral da AWS Brasil, Cleber Morais, enfatiza que 2020 foi o ano da disparada na transformação digital e destaca que as instituições financeiras da América Latina estão investindo 76% acima do ano passado em IaaS, PaaS e SaaS.
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De acordo com a consultoria Omdia, o mercado de redes gerenciadas em nuvem cresce a uma taxa anual composta de 28,7%, com receitas de equipamentos previstas em US$ 5,5 bilhões
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