As vendas globais de PCs, Tablets e Celulares deverão registrar queda de 13,6% em 2020, totalizando 1,9 bilhão de unidades, de acordo com o Gartner. Mas a tendência de manutenção do trabalho remoto pós-pandemia incrementará uma renovação do parque pelas empresas. No caso dos equipamentos, os desktops de mesa, os PCs deverão cair 10,5%. Já a venda de notebooks, tablets e chromebooks deverá ser menor.
"O declínio previsto no mercado de PCs em particular poderia ter sido muito pior", diz Ranjit Atwal, Diretor Sênior de Pesquisa do Gartner. "Apesar dos problemas, os bloqueios dos governos devido ao COVID-19 acabaram forçando empresas e escolas a permitirem que milhões de pessoas trabalhassem em casa, e isso permitiu o aumento de gastos em novos Notebooks, Chromebooks e tablets para atender a demanda desses trabalhadores e estudantes. Além disso, as operações de educação e de governo também aumentaram seus gastos com esses dispositivos para facilitar o e-learning."
A covid-19 deixará marcas palpáveis nas corporações e uma delas é a manutenção do trabalho remoto. O Gartner estima que 48% dos funcionários trabalharão remotamente pelo menos parte de seus expedientes após a pandemia, contra aproximadamente 30% antes da crise trazida pelo Covid-19. No geral, a tendência do trabalho em casa fará com que mais departamentos de TI mudem sua estrutura para notebooks, tablets e dispositivos Chrome no trabalho. "Essa tendência, combinada à necessidade de se criar planos flexíveis de continuidade de negócios, fará com que os notebooks comerciais substituam os Desktops até 2021 ou 2022", completa o diretor Sênior do Gartner, Ranjit Atwal.
Para o centro brasileiro, localizado no Rio de Janeiro, a empresa de satélite contratou 10 funcionários, que serão responsáveis pelo atendimento a clientes no país e em toda a América Latina.
Em entrevista à CDTV, o executivo falou sobre os três objetivos estratégicos para 2021: reforma tributária digna para desonerar o emprego; formação de talento e medidas para garantir o uso intensivo de dados.
Apesar da crise econômica agravada pela Covid-19, o setor de TI e Comunicação cresceu 2.4% no ano passado, de acordo com dados da Brasscom. O segmento de software e serviços gerou R$ 216,1 bilhões, com crescimento de 5,1% e o de telecom, R$ 240,5 bilhões, mas com uma queda de 0,4%. Setor respondeu por 6,8% do PIB nacional.
"O Brasil não tem de ser um celeiro de mão de obra, um BPO. Temos de fazer tecnologia. Mas falta política pública. Em 20 anos, nada aconteceu", lamenta o CEO da Plusoft, Solemar Andrade.